quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Uma teoria sobre os homens por Pollyane Schenato


Essa teoria trata da conduta masculina relativa às mulheres em termos de relacionamento afetivo-sexual , fique claro. Não tenho aqui, a pretensão de abarcar todos os possíveis tipos de homens, menos ainda, todo tipo de comportamento deste sexo, seria simplificar demais. Mas num esboço geral, em minhas observações, convivências, escutas, experiências, roda de amigas e amigos, cheguei a algumas conclusões que me servem hoje.



O sexo masculino pode ser dividido em três amplas categorias. Uma mais numerosa que a outra, outra... raríssima.



O primeiro tipo é o homem que gosta da mulher. Ele se interessa pelo nosso universo, pelos nossos conflitos, pela forma como enxergamos o mundo e as pessoas. São aqueles que fixam o olhar em nossos olhos quando falamos de nossos sonhos, de nossa realidade, das dores que já enterramos e das que estamos tentando enterrar. Ouvem atentamente até mesmo quando estamos indecisas se vamos hidratar os cabelos com essa ou aquela marca e, mesmo sem entenderem nada do assunto, no outro dia mandam um e-mail com uma pesquisa que fala dos produtos que citamos na noite anterior.

Esse homem sabe muito bem que no espaço de um mês passamos por três curvas perigosíssimas em nossa montanha russa de hormônios e se diverte com isso, porque sabe que é só e somente por isso que nossa pele é macia e sem pelos, somos abençoadas com curvas e saliências e temos essa vozinha doce que, às vezes, o acorda no meio da noite pedindo pra se encaixar em seus braços, tudo muito particular do nosso gênero. Como se não bastasse, acham ótimo ter três mulheres em uma.

Na hora do amor, são capazes de esquecerem a hora em carícias na dobra interna entre o braço e o antebraço, também onde termina o bumbum e começam as coxas, na curva da cintura ou naquele ossinho lateral que eu não sei o nome. São desbravadores daquele corpo que têm nas mãos e paciência não lhes falta para saber onde causa o maior arrepio. Eles têm paciência para amar, ou melhor, eles têm prazer em se demorarem nas órbitas e nem nossos pés lhes escapam. Amam calmamente, mas podem virar animais indomáveis nas horas que couber (e eles sabem a hora que cabe).

Você nunca vai ouvir um homem desses chamar uma mulher de vagabunda nem falar de intimidades numa roda de amigos, mesmo que a mulher seja uma vagabunda e que haja muitas intimidades a contar.

Ele lê, se interessa por diversos assuntos, gosta de arte e, na maioria dos casos, é um bom entendedor e sabe saborear um bom vinho.



Um outro grupo de seres de “composição testosterônica” também gosta de mulheres. Mas são totalmente diferentes dos de cima. Eles gostam mesmo é de transar, sentem atração física por mulheres. Algumas vezes (principalmente no primeiro encontro ou nos primeiros meses de relacionamento) podem ser facilmente confundidos com os primeiros, porque se querem transar com mulheres, logo, terão de se virarem em alguma sensibilidade. Mas rapidamente são descobertos. Paciência não passa nem perto de suas virtudes, por isso, eles mesmos se entregam, por exemplo, numa atitude do tipo: (três minutos depois do sexo) “aqui, meu braço ta doendo, da pra você virar pra lá?” ou (você engordou três quilos nas férias) “a calça não ta entrando não, né? Você sabe que eu não gosto de mulher gorda!”, ou, ainda, (você de TPM, querendo colo e manha, vai chegando pertinho dele no sofá, encosta a cabeça no ombro do sujeito que você acompanha assistindo Datena) “porra! Tinha mais era que ser estuprada mesmo, olha o tamanho da saia da vaca! Agora o outro é que vai tomar a culpa de existir tanta piranha nesse mundo!” – nisso, se sua cabeça não fosse bem presa ao pescoço, você já estaria sem ela com o sobressalto do rapaz.

No sexo, eles são bem pontuais, praticam o chamado sexo “cara, crachá”. Expliquemos: o sexo ‘cara, crachá’ é muito simples. Com perdão das expressões vulgares (eu não teria outra maneira de fazer-me entender), é um minuto de mão no peitinho, um de mão na periquita e já parte pra invasão. Aí é sexo pra todo lado, um vai e vem danado, mecânico, clínico. “Agora fica assim, não, abaixa mais!”, “Fica de quatro!” Enfim...não que seja ruim, mas que não seja sempre. Cabelo, nuca, pescoço, ombros, rosto, mãos, costas, braços, não fazem parte do cardápio desse segundo grupo.

Caso você termine com ele, pode saber, vai te chamar de vagabunda na roda de amigos, falar que você era muuuuuito enjoada, que era um saco ir na casa de seus pais, vai contar para esses mesmos amigos o que você achava deles (só as coisas ruins) e os caras vão ter certeza que você era um pé no saco. E o pior: sabe aquelas pequenas fraquezas que confessamos dentro de um abraço, aqueles segredos tão íntimos revelados numa noite de lua cheia e aquela mania que só ele sabia? Ele vai contar.



Já o terceiro tipo faz parte dos que não gostam de mulheres (no sentido explicado na introdução). Os homoafetivos. O negócio deles é o mesmo que o nosso. São óóóóótimos amigos. Em dois minutos produzem seu visual, jogam pra cima seu astral e você anda pela casa de calcinha e sutiã, pondo a mesa do café, contando o caso daquela colega fura olho da repartição e ele neeeeeem aí, igual sua irmã.


(Muito SHOW!Ótima teoria!)
Isso é muito mais voce encontra no.....

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