segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O porquê da insanidade...

Olá Pessoal,

hoje não vim justificar a loucura, haha

Isso porque alguns considerados saudáveis psicologicamente são bem mais insanos que os diagnosticamente confirmados. E assim a dissertação ficaria bem confusa e os loucos se confundiriam.

Mas é que assisti um filme (Girl, Interrupted), o qual a temática é a "loucura". Não vou fazer uma abordagem sobre ele, porque essa postagem não é acerca dele.

Fiquei pensando e tentando conceituar o que seria a loucura, ou outras patologias relacionadas a ela.
Lembro sempre das falas de minha mãe me dizendo: "Cuidado, segura na minha mão! aquele moço é doido e pega criancinhas", e apontando um andarilho qualquer.
Apesar da pouca idade eu ficava observando e fazia analogia de pessoas sujas a pessoas loucas.
Hoje entendo as pretenções de mamãe, mas até uma certa idade qualquer pessoa mal vestida e suja para mim era louca e me fazia atravessar a calçada.

Enfim, cresci e com isso descobri que pessoas "insanas" eram aquelas que possuíam algum distúrbio psicológico.
Creio ser este um assunto bem delicado, mas que desde já deixo claro que não tenho intuito de ofender, desrespeitar ou cometer qualquer tipo de preconceito...
São apenas idéias e pensamentos que coloco no papel.

Até o início da adolescência não sabia ainda claramente quais distúrbios psicológicos seriam estes,
por afeto divino, em minha família não há sequer um caso que justificasse minha curiosidade acima disto.
Quando adolescente não era muito de me comunicar e muito menos de perguntar assuntos delicados às pessoas.
O que sabia era que existiam os loucos que perdiam o controle de si próprios, os que eram controlados por remédios e aqueles que ainda não sabiam que eram.
No fim de tudo isso, me surge uma nova concepção de "doidão"...sempre tinha alguém no colégio que mencionava..."O fulanoo ééé loucãão! fumou 2 baseados na festa da Zezinha..."
No entanto, aprendi que esse tipo de loucura se encaixa em outro departamento.

Ao entrar na faculdade, que por sinal é Biológicas, é Saúde, pude mergulhar nas profundezas da insanidade!
OPA!
Não pensem besteira!
É que descobri a "fino modo" o que seria os distúrbios psicológicos na linguagem fisiológica, patológica e farmacológica.
E que existem milhares deles!
EUREKA!

A vida não é caixinha de surpresas! Ela é um contêiner do tamanho do mundo, o qual se vai abrindo aos poucos, jogando água contra ele com um mísero copo de vidro! Tal como o ditado da água mole em pedra dura...éé...esse mesmo!
Aos pouquinhos se descobre o mundo dentro dele!

Voltando...

Saber de tais distúrbios e nas linguagens mais que favorecidas me agradou bastante...e me desalegrou também.
Agradou porque foi mais uma informação somada a que já se tinha pré-estabelecida...e isso é sempre compensador.
O que me desagrada é que a "loucura" não é só a minha idéia que eu ja tinha pre-estabelecida, juntamente com os conceitos que aprendi.
Me senti "incompletamente sabida"!

Mas sou um pouco suspeita para falar disso, isso porque a patologia e a farmacologia me desagrada demasiadamente, não gosto de doenças, desde uma leve gripe a uma trágica enfermidade.
Terminei meu curso por desafio e forçando-me constantemente a gostar. É belo saber essas coisas e gostar delas, é ajudar a quem está precisando!

Terminando o raciocínio,
Vi o filme, que me mostrou um outro espectro do que seria a loucura...assistindo Donnie Darko também tive uma outra perspectiva.
Tudo se baseia em como a sociedade encara e vê a "loucura".

A sociedade poderia ser eu quando criança. Assim, todos os sujos receberiam um belo banho e não seriam loucos mais! Supimpa!
A questão do internamento é que é digno de análise. Depois de dar uma pesquisada, vi que não existem mais manicômios espalhados pelo mundo. Ainda bem né?

Alguém aí conhece Michael Foucault?
Esse cidadão uma vez escreveu sobre loucura na Idade Média, não li a obra em si, mas as idéias e o tema central já me foi providenciado via google.

Alguém aí se lembra dos leprosos das antigas?Os quais tinham que ficar confinados?
Hoje isso não existe mais também, a questão do confinamento dos mesmos! e esse "não-confinamento" fez jus na Idade Média mesmo.

Pois bem, Foucault disse que a Lepra não foi curada com o estabelecimento do fim do confinamento, o que mudou foi a concepção acima desta patologia.
Falando mais claramente: Perceberam que o confinamento não cura merda nenhuma! Porque tinham uma idéia ultrapassada sobre o assunto.
No entanto, as relações de exclusão social permaneceram...

Então, graças a esse Cidadão pode-se mudar o espectro desse entendimento acima da loucura...é uma das principais idéias da psiquiatria. Não vou discorrer mais sobre isso, porque o que sei se resume a isso e tenho medo de dar informação errada!
Viva Foucault!
todo mundo sabe como se pronuncia Foucault né? FÚCÔ! Maioor BARATO falar!!

O mais legal deste filme e que vale sim destacar é que foi convivendo com outras loucas que a protagonista conseguiu se encontrar com alguém muito especial : ela mesma!
Coisa que o mundo das "pessoas saudáveis" não conseguiu fazer isso com ela!

Outra coisa legal é que ás vezes, quando internados, os loucos fazem do hospital o seu mundo real, e no filme ensina que o mundo das pessoas "loucas" é o mundo lá fora!
Váriaaas analogias com o MÁGICO de OZ, aquele conto infantil! Sensacional!
A história é baseada em fatos reais ainda....melhor ainda! Vejam!

Encerro essa postagem por aqui!

Obrigada meus LOUCOS pela atenção!


"Sei exatamente como é querer morrer, como machuca sorrir, como você tenta se encaixar mas não consegue, como vc se fere por fora tentando matar o q tem por dentro..." 

BOA NOITE!